sábado, 19 de dezembro de 2009

De volta pra casa


Eu leio 15 livros do mesmo assunto se eu realmente gostar desse assunto. Falo errado, escrevo errado, tomo decisões erradas. Só não caio no erro de achar que não cometo enganos, não me traio mais, não minto pra mim mesma. A coisa mais violenta que faço comigo mesma é usar chapinha. De resto? Cuido muito bem. Uso filtro solar, óculos escuros e não entrego minhas verdades pra quem mente para si mesmo. Não me negligencio por causas perdidas, não mais. Alguém uma vez me disse que quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz 10 com certeza fará 11. E minha paciência não passa da terceira vez mais. Não fecho meu coração por nada, e nem desisto de mim. O próximo não é apenas o próximo adúltero, o próximo imbecil. Tem tanto coração e direito de ser feliz quanto eu, não vou tratá-lo diferente só porque percorri caminho com pessoas limitadas. Canto músicas, conto contos e desenho flores. Ainda espero dias melhores no próximo ano, e acredito que no Natal as pessoas ficam mais razoáveis. Só não dou murro em ponta de faca, e sei reconhecer capítulos repetidos. Sei o que me convém e o que me enjoa. Pessoas que me enjoam eu não aceito mais. Ser sínica é uma arte não um ofício, e até meu sinismo tem limite e eu não o desperdiço com qualquer babaca. Prefiro a verdade, prefiro verdade ao sarcasmo. Apesar de achar o sarcasmo uma das coisas mais legais do mundo. Prefiro plantar coisas boas, ainda que o solo não seja muito produtivo. Eu acredito na vida e na ordem natural das coisas. Não luto mais contra elas. As coisas são como são. Suas decisões mudam apenas seu destino, mas não mudam a personalidade de ninguém. Você pode optar pela felicidade ou pela dor, mas elas continuarão associadas às mesmas pessoas, aos mesmos lugares e as mesmas escolhas.



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