domingo, 13 de janeiro de 2013

Silenciar x Calar



O silêncio é envolvente, por vezes necessário. O ato de silenciar é prova de amor, gratidão, obediência. Silenciar é amar baixinho, é saber esperar, é o cessar das brigas, das palavras mal pensadas e mal ditas. Silenciar é jogar fora expressões sonoras dispensáveis, é expandir dentro, guardar as coisas no coração. Calar não, calar é mais doído. É falto de alternativa, é a esperança que se esvai... Calar vem depois do falar demais, do querer demais, do sentir demais... Calar é desistir, é o fechar das portas. É a falta de vontade de estruturar o latim para explicar nuances inexplicáveis. O calar traveste o silenciar, faz dele um amor covarde, acomodado e passivo demais, enquanto o silenciar poupa as feridas, as gritarias e diminui as razões para se calar.



Devaneios...

2 comentários:

Um Conto Rapido disse...

Belo devaneio... Me silencio diante de tão sábias palavras.

Poiares, J. disse...

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