sábado, 6 de novembro de 2010

Páginas superadas




Confesso acordei achando tudo indiferente. Verdade, acabei sentindo cada dia igual. Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante, quem sabe o amor tenha chegado ao final. Não vou dizer que tudo é banalidade, ainda há surpresas mas eu sempre quero mais. É mesmo exagero ou vaidade. Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz. Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás, não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz, não vou roubar teu tempo eu já roubei demais. Eu tranco a porta pra todas as mentiras, e a verdade também está lá fora. Agora a porta está trancada. A porta fechada me lembra você a toda hora. A hora me lembra o tempo que se perdeu. Perder é não ter a bússola, é não ter aquilo que era seu. E o que você quer? Orientação? Eu vou contar pra todo mundo, eu vou pichar sua rua. Vou bater na sua porta de noite completamente nua. Quem sabe então assim, você repara em mim. 


Ana Carolina - Confesso ♪

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