Entre erros e acertos a gente sempre continua tentando. Alguns com a certeza de que a ferida aberta logo se tornará uma casquinha, outros com a certeza de que ela continuará daquele jeito, e se todo mundo pensar assim, ela de fato continuará. Entre um pesadelo e outro, deitada no chão do meu quarto, olhando para as estrelas fluorescentes coladas na minha cortina, fico me justificando. Afinal, se você não consegue compreender o meu silêncio, minhas palavras não adiantariam muita coisa. Fecho meus olhos agravando o escuro, sentindo a lágrima deslizar na pele gélida de Julho, na esperança de que tudo isso seja outro pesadelo. Na esperança de acordar no quentinho do seu peito, olhar pra cima e ver seu queixo relaxado, teus olhos fechados, um filme qualquer passando pra ninguém na tv, e teus silêncios me dizendo tudo sobre você.
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