sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crua e cruel






Quero a minha volta pessoas interessantes e bem vestidas. Pessoas inteligentes. Pessoas que façam mais do que contar piadas e passar cantadas. Quero pessoas que me façam pensar. Que me deixem esperando, que esperem por mim. Que me amem mas não precisem de mim. Quero pessoas com um espírito de liberdade! Com sentimentos domesticados. Se for pra ficar bêbado que seja de vodka, não de um amor que deixa a vida sem sentido. Quero pessoas que virem meu olho, arrepiem minha pele e não fofoquem sobre minha intimidade com o primeiro babaca que se faz de amigo, ou com a família, o cachorro, o gato do muro. Que não seja eu há dois anos atrás, que não faça drama. Porque drama é uma coisa idiota, cômica e inútil. Drama você divide só com seus melhores amigos, pessoas que sabem que você é bem menos patético do que o ser humano com pena de si e querendo chamar atenção que está gritando na frente dele. Drama é coisa de menininha, e eu, depois de alguns aninhos convivendo com mais homens do que mulheres sabendo mais de futebol que meu pai e meu irmão, aprendendo a ter postura e a aceitar as coisas como elas são, me tornei machinho demais. Não que eu não tenha minhas recaídas, minhas mulherzices... mas o clichê me cansa muito. Quero pessoas que gostem de samba, e que não gostem só porque eu gosto. Pessoas que não se achem espertas, porque na maioria das vezes, as que acham que percebem tudo, que sabem de tudo, que me conhecem muito. São as que menos conhecem!  Quero amor, felicidade, desprendimento, comédia... só que de uma forma menos ordinária. E ah! Quero ter mais cuidado com meus desejos também.

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